domingo, 12 de junho de 2011

Um dia mais que especial!

          Dia 12 de junho dia dos namorados!!! 





Claro que o Dia dos Namoradosnão se relaciona somente com a troca de presentes. É o momento de comemorar o amor, o respeito, o carinho e festejar o tempo de união dos amados. Pode também ser um momento para pensar no valor do relacionamento e naquilo que ainda deve ser melhorado. Tempo para valiar e refletir! Tempo para continuar a revigorar o relacionamento e construir. Tempo de gestos de amor e surpresas. Tempo para pensar o quanto o outro é importante e como ocupa um grande espaço em nossa vida. Tempo de planejar juntos a vida à dois.
Dia dos Namorados é um momento para transpor toda positividade do relacionamento para ações e gestos. Não é somente dar presentes! É a ocasião ideal para gestos românticos e surpreendentes, de mostrar e deixar claro o quanto o outro é importante para nós! Tempo do amor! Também é para relembrar o quão romântico os amantes podem ser! Para mostrar que um relacionamento  pode ser alicerçado no companheirismo, na amizade, no amor e ainda no lado amante do casal! Tudo isso e muito mais! Cada relacionamento é único e, ao mesmo tempo, todos esses conservar a fórmula elementar de tudo: O AMOR.    ;)




Cérebro Masculino X Cérebro Feminino






sexta-feira, 3 de junho de 2011

Tópico 10.

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Meu Artigo

CÂNCER BUCAL (CARCINOMA EPIDERMOIDE) E SEUS ASPECTOS GENÉTICOS-AMBIENTAIS
Kaelly Lima de Araujo[1]
Flavio Furtado Farias[2]

RESUMO: Trata-se de um levantamento bibliográfico a respeito das manifestações neoplásicas craniofacias, em especial do câncer bucal, visto que este dar-se em incidência relevante e que muitas vezes gera danos não só físicos mas também psiquicos. De acordo com estudos anteriores, o cancer bucal é o mais frequente na região da cabeça e pescoço, exetuando-se o câncer de pele. Buscou-se abordar a referida temática em todos os seus âmbitos, porém, deu-se ênfase em seus aspectos causais, ou seja, geneticos-ambientais. O objetivo de estudo está em refletir teoricamente sobre as neoplasias craniofacias, e em especial, sobre o cancer bucal em uma ótica genética. Assim, realizou-se este estudo bibliográfico, a partir da base de dados do Instituto Nacional do Cancer – INCA e de outras referências que tratam desta temática. Prentendemos, através deste, fornecer subsídios teóricos para eventuais estudos na respectiva área em questão.
PALAVRAS-CHAVES: Câncer bucal, fatores genéticos, fatores ambientais.

INTRODUÇÃO
O câncer bucal é considerado como um dos maiores problemas de saúde pública, em muitas partes do mundo e, inclusive, no Brasil (INCA, 2008). Este define-se como as demais neoplasias malignas, como uma doença crônica multifatorial, resultante da interação dos fatores etiológicos que afetam os processos de controle da proliferação e crescimento celular. Esse processo está aliado às alterações nas interações entre as células e seu meio ambiente.
Os carcinomas de cabeça e pescoço correspondem a 10% dos tumores malignos e daqueles, aproximadamente, 40% se manifestam na boca, este podendo ser considerado o câncer mais comum da região da cabeça e pescoço excluindo-se o câncer de pele (ANTUNES & BIAZEVIC, 2009).
De acordo com o INCA (2011), a estimativa de casos novos de câncer de boca para o ano de 2010 foi de 14.120, sendo 10.330 em homens e 3.790 em mulheres. E no ano de 2008 houveram 6.214 mortes devido a este câncer, sendo 4.898 em homens e 1.316 em mulheres.
Para Sena (2001) e Robinson (2006), os principais fatores etiológicos são fumo, álcool, radiação solar, dieta, microrganismos e deficiência imunológica. A carcinogênese bucal envolve uma rede complexa de fatores dependentes das variações individuais em resposta a um potencial conhecido ou desconhecido.

METODOLOGIA
Trata-se de um levantamento bibliográfico a respeito das manifestações neoplásicas craniofacias, em especial do câncer bucal.
Para tanto, buscou-se no banco de dados/portal do Instituto Nacional do Câncer – INCA as publicações que auxiliariam a compor a pesquisa bibliográfica acerca da temática em questão.
Ainda como referencial teórico foram utilizados livros e textos que tratavam da temática citada.
Os dados coletados foram selecionados e interpretados, e logo em seguida deu-se a reflexão crítica do referencial teórico selecionado.

O CÂNCER
O câncer, de modo geral, é uma doença genética das células somáticas, originando-se apenas em células específicas, o que a difere das demais doenças cromossômicas, monogênicas e multifatoriais, cuja anormalidade genética se encontra no DNA de todas as células do organismo, inclusive os gametas, podendo estas ser transmitidas de forma vertical, o que no caso do câncer não acontece (Marta, 2007).
Há, porém, a possibilidade (muito rara) de uma eventual alteração em células germinativas e esta podendo ser transmitida à prole, não como um câncer, mais como um fator predisponente (Robinson, 2006). 
Todo a câncer humano resulta de mutações no DNA, o que o torna a doença genética mais comum.

O COMPLEXO GENÉTICO-AMBIENTAL
De acordo com Cutrim (2003) em relação aos determinantes ambientais, o tabaco e as bebidas alcoólicas são apontados como os fatores de risco mais significativos para o desenvolvimento do câncer bucal. A exposição prolongada à radiação solar e a produtos químicos carcinogênicos, além de alguns microrganismos, também, são considerados fatores relevantes.
Para Robinson (2006), apenas uma pequena fração de indivíduos expostos aos fatores de risco desenvolver a doença sugere que existam diferenças individuais na suscetibilidade aos agentes ambientais. Tais diferenças podem ser identificadas em quase todas as etapas da carcinogênese, desde a capacidade de metabolizar carcinógenos até a inativação somática ou germinativa de genes supressores de tumor.
Já no que toca aos fatores genéticos, células normais apresentam uma regulação, genética, muito precisa do seu crescimento. Esse controle genético é exercido por duas classes de genes específicos: os proto-oncogenes (regulam o crescimento e diferenciação celular normal) e os genes supressores de tumor (inibem o crescimento anormal das células). Os proto-oncogenes podem ser ativados de várias maneiras: por mutação pontual, ampliação gênica, translocação cromossômica e ativação retroviral; já os genes supressores de tumor podem ter sua função perdida ou alterada por deleção ou por mutação pontual, contribuindo para o desenvolvimento do câncer (Robinson, 2006).
Às vezes, algumas células escapam desse processo regulador e passam a crescer e a dividir-se descontroladamente. A passagem para esse crescimento desregulado chama-se neoplasia, e o conjunto de células resultantes, que entram em tal desordem e perdem suas funções passa a denominar-se de tumor; este podendo vir a malignização, que resulta frequentemente de mutações em genes que controlam a multiplicação celular. A transformação maligna de uma célula se dá numa série progressiva de eventos, por meio do acúmulo de mutações nos genes que controlam o crescimento e as diferenciações celulares (Robinson, 2006).

CARCINOMA EPIDERMOIDE
A grande maioria dos tumores malignos da cavidade bucal é constituída pelo carcinoma epidermóide, que se classifica como: bem diferenciado, moderadamente diferenciado e pouco diferenciado (INCA 2001).
Para Lima (1995), o carcinoma epidermóide possui causa multifatorial, sendo elas extrínsecas e intrínsecas. Dentre os fatores extrínsecos pode-se destacar a radiação solar, pois esta apesar de ser um fator ambiental está intimamente relacionada ao desencadeamento de alterações intrínsecas complexas; este mecanismo dar-se da seguinte maneira, a radiação e absorvida pelo DNA, produzindo dímeros de pirimidina, que promovem o erro no processo de reparação celular e também mutações no gene TP53. Tais mutações impedem a remoção, por meio apoptose, das células danificadas pela radiação UV, e leva à imunossupressão pela liberação de citocinas local e sistemicamente, pela modificação de antígenos presentes nas células da pele e pela indução dos linfócitos T supressores.

SINTOMATOLOGIA
De acordo com Mauad (2000), o câncer bucal pode se manifestar sob a forma de feridas na boca ou no lábio que não cicatrizam em uma semana. Outros sintomas são ulcerações superficiais, com menos de 2 cm de diâmetro, indolores (podendo sangrar ou não), manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios ou na parte interna da boca, caroços, inchaços, áreas de dormência, sangramento sem causa conhecida e dor na garganta que não melhora.
Em estágio avançado da doença, pode surgir dificuldade para falar, mastigar e engolir, emagrecimento acentuado, dor e caroço no pescoço. O câncer bucal, geralmente, é assintomático nos seus estágios iniciais, podendo confudir-se com condições benignas comuns da boca.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
O diagnóstico, geralmente dar-se através do exame de toda a cavidade bucal, que deve ser feito de maneira metódica para que todas as áreas sejam analisadas e seja possível a identificação de próteses dentárias ou outras prováveis causas de trauma contínuo. As lesões mais posteriores da cavidade bucal, por vezes, necessitam de visualização com o auxílio de instrumentos ou por espelho para a avaliação de sua extensão. A palpação das cadeias linfáticas cervicais completará o exame, sendo importante a determinação do tamanho dos linfonodos (Castro, 2002).
De acordo com o INCA (2001), a escolha do tratamento dar-se por meio do Sistema de Estadiamento – Extensão da doença.
O sistema de estadiamento são avaliações clínicas baseadas na melhor determinação possível da extensão da lesão antes do tratamento. Dependendo do local e extensão do tumor primário e do status dos linfonodos cervicais, o tratamento do câncer da cavidade bucal pode ser cirúrgico, radioterápico, ou uma combinação de ambos. A cirurgia para ressecção dos tumores primários deve incluir sempre toda a lesão tumoral e uma margem de tecido livre de tumor em todas as dimensões. A radioterapia de lesões extensas deve incluir também as cadeias de drenagem linfáticas, mesmo quando clinicamente elas não estejam acometidas.
Assim, as opções de tratamento vão variar de acordo com o estádio clínico das lesões, sendo: Estádio I: O tratamento preferencial é cirúrgico, que corresponde à ressecção da lesão com margens de pelo menos 1 cm. Estádio II: O tratamento preferencial também é cirúrgico, com ressecção da lesão com margens de pelo menos 1cm. Estádio III: A cirurgia é o tratamento preferencial e consiste de ressecção completa da lesão com margens de no mínimo 1cm e associada ao esvaziamento cervical supra-omohióide em casos de pescoço clinicamente negativo. A radioterapia deve ser usada como tratamento complementar, em casos de pescoço positivo ou lesão primária. Estádio IV: A cirurgia é o tratamento preferencial e consiste de ressecção completa da lesão com margens de no mínimo 1 cm e associada ao esvaziamento cervical supra-omohióide em casos de pescoço clinicamente negativo. A radioterapia deve ser usada como tratamento complementar. A radioterapia exclusiva pode ser indicada em pacientes considerados inoperáveis, como paliação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pôde-se perceber que o cancer bucal, dar-se de forma expressiva dentro os que permeiam as regiões da cabeça e pescoço, e que o mesmo, liga-se intimamente a fatores ambientais, e é por tal fato, que a sua prevenção pode dar-se de maneira efetiva e direta.
Viu-se ainda que a sua detecção precoce deve ser uma busca constante, pois, uma das ações “ouro” para tal é o exame bucal, realizado de forma minuciosa e precisa. Acredita-se que o diagnóstico precoce de lesões bucais pode simplificar o tratamento e melhorar o prognóstico do paciente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Antunes JLF, Biazevic MGH; Câncer bucal. In: Antunes JLF, Peres MA. Epidemiologia da saúde bucal. Editora Artmed; Porto Alegre; 2009; Pag. 180-92.
Barros L, Fracalossi AC, Lyrio M, Souza L. Câncer de palato: o envolvimento do cirurgião-dentista no preparo para braquiterapia. Revista de Odontologia UEFS. 2002;4(1);71-9.

Castro RM, Dezotti M, Azevedo L, Aquilante A, Xavier CR. Atenção odontológica aos pacientes oncológicos antes, durante e depois do tratamento antineoplásico. Rev Odontol UNICID. 2002;14(1):63-74.
Cutrim MCFN, Reis FS, Valois EM, Lopes FF. Nível de conhecimento dos cirurgiões-dentistas sobre o câncer de boca na rede pública da cidade de São Luís-MA. Rev Odont Ciênc. 2003;19(45):270-4.
Grimaldi N, Sarmento V, Provedel L, Almeida D, Cunha S. Conduta do cirurgião-dentista na prevenção e tratamento da osteorradionecrose: revisão de literatura. Revista Brasileira de Cancerologia 2005; 51(4): 319-324.
Instituto Nacional de Câncer; Ministério da Saúde. Estimativas da incidência e mortalidade por câncer no Brasil 1999. Rio de Janeiro; 2008. Disponível em: http://www2.inca.gov.br/ . Acesso: 19/05/11
Instituto Nacional do Câncer - INCA. Carcinoma epidermóide da cabeça e pescoço. Revista Brasileira de Cancerologia, 2001, 47(4): 361-76.
Instituto Nacional do Câncer – INCA; Home Page. Disponível em: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/boca/. Acesso: 18/05/11.
Lakatos EV, Marconi MA. Pesquisa. In­­­________. Fundamentos da metodologia científica. 6ª edição. Editora Atlas. Pag. 169-71.
Lima AAS, França BHS, Ignácio SA, Baioni CS. Conhecimento de alunos universitários sobre câncer bucal. Revista Brasileira de Cancerologia 2005; 51(4): 283-288.
Lima RA, Freitas EQ, Kligerman J, et al. Análise dos fatores prognósticos no carcinoma epidermóide avançado da laringe T3, T4/N0. Rev Bras Cir Cabeça Pescoço 1995;19:47-51.
Marta GN, Bergamasco VD, Rodrigues ML, Cerávolo FP, Landman G, Kowalski LP, Carvalho AL. Melanoma de mucosa oral. Revista Brasileira de Cancerologia 2007; 53(1): 35-39.
Mauad EC, Gomes UA, Gonçalves MA, Hidalgo GS, Almeida JRW, Boldrini D. Melanoma de mucosa oral, genital e anorretal. Revista Brasileira de Cancerologia 2000;46(2):173-77.
Robinson WM, Borges-Osório MR; Manifestações craniofaciais das neoplasias. In:­­­________. Genética para odontologia. Editora Artmed; Porto Alegre; 2006. Pag. 211-28.
Sena C, Souza F, Morais L, Pinto L, Melo N; Protocolo de conduta para tratamento de pacientes portadores de câncer bucal que realizarão radioterapia. FOA. 2001;3(1):6


[1] Acadêmica do I semestre do curso de graduação em Odontologia da Faculdade Leão Sampaio;
[2] Odontólogo. Docente do curso de graduação em Odontologia da Faculdade Leão Sampaio.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

10º FICHAMENTO

Epidemiologia das doenças bucais em indivíduos na faixa etária entre 35 e 44 anos: o cenário epidemiológico do trabalhador

E.S CARVALHO et al. Epidemiologia das doenças bucais em indivíduos na faixa etária entre 35 e 44 anos: o cenário epidemiológico do trabalhador.
RGO, Porto Alegre, vol. 58, nº.1, pag. 109-114, jan./mar. 2010.


“Os estudos em populações específicas, no que se refere à freqüência, distribuição e determinantes dos fatores que se relacionam a saúde e a aplicação desses estudos para controlar os problemas e planejar ações para as necessidades encontradas é o que conceitua a Epidemiologia.” (p.109)

“O último levantamento epidemiológico foi o SBBrasil 2003 que tinha como categoria metodológica: delineamento amostral probabilístico com representatividade em nível macrorregional, avaliação de cárie dentária, doença periodontal, edentulismo, oclusopatias e fluorose, zona urbana
e rural de 250 municípios de diferentes portes populacional e grupos etários: 18 e 36 meses, 5 anos, 12 anos, 15 a 19, 35 a 44 e 65 a 74 anos, respectivamente.” (p.110)

“Dentre as doenças bucais mais preocupantes está o câncer bucal, e o panorama desse problema vem se agravando nos últimos tempos. As mortes por neoplasias correspondem a 12% dos aproximados 56 milhões de óbitos em todo o mundo.” (p.110)


“No assunto doença periodontal foram encontrados 1 554 artigos sem limites, fundamentado nos critérios de exclusão e inclusão, foram excluídos 872 artigos. Com a avaliação de textos completos e relacionados ao assunto foram excluídos mais 858 artigos, restando 14 artigos dos quais 6 estavam
adequados ao estudo.” (p.111)
“Os estudos epidemiológicos demonstram que nos adultos a prevalência das doenças bucais são maiores. Nos artigos levantados, confirmou-se a necessidade de uma maior atenção a essa faixa etária. De acordo com Treasure et al.16, uma análise multivariada fornece algumas indicações dos fatores que podem ser responsáveis pelas variações da saúde bucal como
cárie e perda dentária.” (p.112)

“Um trabalho de pesquisa utilizando o ICDAS foi realizado por Burt et al.23 e neste estudo com 839 participantes, 82,3% tinham pelo menos uma lesão escavada, quase ¾ dos participantes adultos tinham sobrepeso ou eram obesos. O resultado baseou-se em uma população com cárie severa, má higiene bucal, dietas ricas em açúcares, gorduras e pobre em frutas e legumes.” (p.113)

 “Conclui-se que durante a busca na base de dados, observou-se que o número de pesquisas é menor entre os adultos. O câncer bucal tem
maior incidência no sexo masculino com um sinergismo nos fumantes etilistas. Neste caso específico da idade de 35 a 44 anos, a maioria são trabalhadores e fica evidente a necessidade de se implantar programas de saúde bucal a eles, visando a modificação do cenário epidemiológico
atual.” (p.113)

9º FICHMENTO

Carcinoma espinocelular de boca em paciente
jovem: relato de caso e avaliação dos fatores de risco

 L.M SASSI et al. Carcinoma espinocelular de boca em paciente jovem: relato de caso e avaliação dos fatores de risco. Rev Sul-Bras Odontol.ano. 2010 Mar;vol.7;nº.1; pag.105-9.


“O carcinoma espinocelular (CEC) representa a neoplasia
maligna bucal mais comum, a qual acomete preferencialmente homens
acima de 50 anos, tendo como principais fatores de risco o tabagismo
e o etilismo. A incidência dessa neoplasia em jovens com menos de 40
anos é rara (3 a 6% dos casos). Nesses pacientes, o curso da doença
é ainda mais agressivo, apresentando maior risco de metastatização
cervical com prognóstico desfavorável.” (p.106)

“Pesquisas indicam que o fumo de maconha pode ser considerado
fator etiológico para neoplasias em vias aéreas superiores de jovens adultos e que o risco é aumentado em usuários freqüentes da droga. Um estudo recente e detalhado sobre o uso de maconha constatou que ela contém substâncias químicas carcinogênicas como, por exemplo, o alcatrão, tido como fator de risco para câncer.” (p.107)

“Estudos foram feitos com um paciente do sexo masculino, 21 anos, pardo,
estudante e auxiliar de pedreiro, procedente de Rondonópolis, Mato Grosso, relatou exodontia havia nove meses por apresentar dor aguda em molar inferior esquerdo, sem história de lesão na ocasião da extração. Ele evoluiu com fratura da mandíbula à esquerda e suspeita clínica inicial de osteomielite.” (p.107)

“O paciente foi encaminhado para tratamento combinado de quimioterapia e radioterapia, pela irressecabilidade do tumor. Na quimioterapia foi
submetido a dois ciclos com cisplatina (CDDP) e 5-FU, com diminuição da lesão.” (p.108)

“Trabalhos recentes revelam que para haver risco aumentado de câncer de boca em jovens deve ocorrer exposição ao álcool e ao cigarro por mais
de 21 anos. Em um estudo com 264 pacientes portadores de câncer de boca com idade inferior a 35 anos, observou-se o hábito do tabagismo em
apenas 59,4%, indicando a necessidade de avaliação de outros fatores etiológicos.” (p.108)
“Em um estudo sobre o uso de maconha em portadores de CEC, os autores observaram um risco aumentado em 26 vezes [3]. A fumaça da
maconha contém substâncias carcinogênicas e cocarcinogênicas, muitas das quais são também encontradas na fumaça do cigarro. Algumas dessas
substâncias estão contidas em maior quantidade na fumaça da maconha em comparação à do cigarro.” (p.108)

“O caso ressalta a importância do diagnóstico precoce de lesões de câncer bucal, bem como o aumento de campanhas preventivas enfocando
também pacientes jovens usuários de drogas como álcool, tabaco e maconha.” (p.109)


quarta-feira, 1 de junho de 2011

8º FICHAMENTO

Perfil das ações de Combate ao Câncer de Boca no Estado de Pernambuco/Brasil
Ferreira, J.H.de. F.; Melo, M.C.B.; Perfi l das ações de Combate ao Câncer de Boca no Estado de Pernambuco/Brasil; Odontol. Clín.-Cient., Recife,vol. 9; nº3; pag. 219-222, jul./set., 2010


“Verificou-se que, nos últimos 30 (trinta) anos, a incidência
do câncer de boca no Brasil tem aumentado. Muitos desses
casos são diagnosticados numa fase muito tardia, levando o paciente a morte ou a cirurgias complicadíssimas e mutilações,que provocam deformidade, impedindo o paciente de levar uma vida normal.” (p.219)

“Nota-se que a interrupção dos agentes agressores como
forma de motivação do paciente, abandonando, assim, o uso
do tabagismo, etilismo, contribuirá para remover as condições
agressoras da mucosa bucal, possibilitando a prevenção e cura
da doença.” (p.220)

 “(...) foi realizado estudo descritivo de
corte transversal. Os dados foram coletados por meio de busca
ativa, no período de maio a agosto de 2007, nas Secretarias e
Coordenações de Saúde do Estado e municípios pernambucanos
bem como nas Universidades publicas e privadas do
Estado(...)” (p.220)


“Foi identificado que, a despeito da não realização de programas de prevenção de câncer bucal,pela Secretaria de Saúde do Estado e do Município do Recife,as Universidades estão extrapolando seus muros e, por meio de Atividades de Extensão, estão desenvolvendo ações para
prevenção e diagnostico precoces do câncer de boca no Estado.” (p.221)


“Na Universidade Estadual, existe um PROGRAMA DE
COMBATE AO CANCER DE BOCA, que visa ao incremento de
ações para prevenção e diagnostico diferencial e precoce do
câncer bucal, buscando reduzir os índices de mortalidade causada
por essa neoplasia, utilizando-se de ações educativas,
divulgação do auto exame bem como promovendo o diagnostico
precoce, instituindo, assim, a “SEMANA DO COMBATE AO
CANCER BUCAL”. (p.221)


“Na Faculdade do interior, também existe um programa/
projeto chamado de “ASA BRANCA”, realizado por intermédio
dos alunos da graduação e de outros profissionais, por meio
da busca ativa de lesões malignas e cancerizáveis, com atendimento
a população do município nos arredores da cidade de
Caruaru, estendendo-se, a partir de 2005, para outros municípios
do agreste, sertão, zona da mata e litoral sul, mediante o
diagnóstico e tratamento de lesões cancerizáveis, como meta
principal.”  (p.221)


“Foram analisando os projetos, podemos relatar como fato positivo
do projeto da Universidade Estadual, o qual deve ser
abraçado não só pelos outros dois programas mas também
por outros que devam surgir, a participação efetiva das classes
medica, odontológica como também dos fonoaudiólogos, psicólogos,
enfermeiros, fisioterapeutas, os quais, juntos, buscam
a ampliação do programa de combate ao câncer bucal desde
ações de prevenção ate o diagnóstico precoce e o tratamento.” (p.222)


“E importante assinalar as limitações do estudo que, apenas,
teve como foco despertar questionamentos e reflexões
sobre as ações em saúde bucal no estado de Pernambuco e
para a necessidade da realização de uma nova investigação
sobre o tema a fim de acompanhar o desenvolvimento e o surgimento
de novos espaços de atenção e atuações nessa área.” (p.222)


“Conclui-se que são importantes e devem ser intensificadas as campanhas para orientação e prevenção do câncer bucal para toda a população, realizadas no Estado de Pernambuco,por meio das entidades aqui relatadas. Tem-se consciência de ser necessária a responsabilização dos poderes públicos,com relação a atuação social, econômica, educativa e política,tendo em vista ser a saúde dos cidadãos um dever e obrigação do estado e direito das pessoas.” (p.222)


7º FICHAMENTO

Restrição ao uso de tabaco e a prevenção do câncer bucal
Freitas, A.R. ;  Mapengo, M.A.A. ; Moura, P.G.de ; Silva, R.P.R.da ; Sales-Peres, S.H.C. ; Bastos, J.R.M.  Restrição ao uso de tabaco e a prevenção do câncer bucal; Arq. Ciênc. Saúde ano. 2010 jan-mar; nº17 vol.1 pag.54-7
“As causas de câncer são variadas, podendo ser externas ou internas ao organismo, estando ambas inter-relacionadas. As causas externas relacionam-se ao meio ambiente e aos hábitos ou costumes próprios de um ambiente social e cultural. As causas internas são, na maioria das vezes, geneticamente prédeterminadas, estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas.” (p.54)
“O objetivo deste estudo foi relacionar a adoção de medidas restritivas ao uso do tabaco e suas implicações na prevenção ao câncer bucal, por meio de revisão crítica.” (p.55)
“Segundo estudo conduzido pelo Instituto Nacional do Câncer5 (INCA – Brasil, 2007), as estimativas para o ano de 2008, válidas também para 2009, apontam que ocorreriam 466.730 casos novos de câncer. Dentre os quais aproximadamente 14.160 novos casos de câncer bucal. O gênero masculino destaca-se com alta incidência em relação ao feminino, 10.380 e 3.780 respectivamente.” (p.55)
“O tabagismo é considerado pela OMS7 como a principal causa de morte evitável em todo o mundo. Estima-se que um terço da população mundial adulta, isto é, 1,2 bilhões de pessoas (entre as quais 200 milhões de mulheres), sejam fumantes. Pesquisas comprovam que aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da população feminina no mundo fumam.” (p.55)
“Previne-se a realização de ações de conscientização da população quanto aos malefícios advindos com o uso de tabaco e seus derivados também foi assegurada na forma da lei16,17,18. Estímulos a hábitos e práticas de vida saudáveis como alimentação equilibrada, abolição de uso de tabaco e álcool, práticas de higiene oral e visitas regulares ao cirurgião dentista contribuem para a prevenção e diagnóstico precoce do câncer bucal.” (p.56)
“Com isso diante do exposto evidencia-se a necessidade de desenvolvimento de ações abrangentes para o controle do câncer, nos diferentes níveis de atuação e a adoção de medidas mais amplas de restrição ao uso de tabaco pelos diversos setores da sociedade.” (p.57)

6º FICHAMENTO

Leucemia promielocítica aguda: caracterização de alterações cromossômicas por citogenética tradicional e molecular (FISH)

Sagrillo, M.R. ; Cardoso, S.H. ; Silva, L.R.J. ; Graça, C.H.N. ; Ferreira, E. ; Hamerschlak, N.; Guerra, J.C.C. ; Bacal, N.S. ; Andrade, J.A.D. ; Borovik, C.L. ; Leucemia promielocítica aguda: caracterização de alterações cromossômicas por citogenética tradicional e molecular (FISH) ; Rev. bras. hematol. hemoter.     Ano 2005; nº27; vol. 2; pag.94-101.


“Estudos de marcadores de superfície mostram que as
células da LPA têm um padrão distinto quando comparado
a outras LMAs. Ocorre alta expressão de antígenos mielomonocíticos(CD13, CD15 e CD33) e ausência de expressão
de antígenos monocíticos (CD14, incluindo My4, Leu M3 e
Mo2) e HLA-DR.” (p.94)

“Na maioria dos casos, os pacientes apresentam sintomas
relacionados à anemia, trombocitopenia, organomegalia
e distúrbios da coagulação.8 A primeira manifestação clínica
em LPA é a leucopenia e na variante da LPA é a leucocitose.9
Outras características menos freqüentes são observadas em
15% a 20% dos pacientes e infiltração no sistema nervoso
central e na pele são achados raros.” (p.95)

“Utilizando a técnica de FISH pode ser aplicada para determinar
a origem clonal das leucemias, monitoramento da eficácia da
terapia no tratamento, detectar a presença de doença residual
mínima seguindo a terapia, identificar recaída da doença,
detectar anomalias cromossômicas numéricas, bem como
amplificação e deleção de genes.” (p.95)

“Para obtenção de cromossomos metafásicos em amostra
de medula óssea, utilizaram-se os procedimentos técnicos
tradicionais. Resumidamente, as amostras foram semeadas
em meio de cultura (RPMI 1640-Gibco/ MEM alfa-Gibco/ Soro
Fetal Bovino-Gibco), incubadas por 24 a 48 horas a 37ºC e
submetidas a tratamento com colchicina, hipotônica e fixação.
Em seguida o material foi pingado sobre lâminas.” (p.95)

“De acordo com os resultados obtidos através da
hibridização das sondas gênicas em amostra de indivíduos
normais (controle negativo), foram considerados como positivos,
isto é, com a t(15;17), os casos que apresentaram mais
de 10% dos núcleos ou metáfases com um sinal verde, um
sinal vermelho e um sinal verde/vermelho coincidentes.” (p.96)

“Resultou também que a análisepor FISH foi possível nas dez amostras que não apresentaram células em metáfase e em nove foram observados sinais compatíveis com a fusão PML/RAR. Em quatro casos comcariótipo normal, a análise por FISH confirmou a ausência dorearranjo citogenético e, em dois casos com anomalias confirmadas.” (p.96)

“Em nosso meio, a análise citogenética em pacientes
com suspeita de leucemias com o objetivo
clínico-terapêutico vem evoluindo exponencialmente
no decorrer da última década. De fato, enquanto
seis casos com suspeita de LPA foram encaminhados
no intervalo de dois anos e meio (1993 a 1996), durante o ano de 2002 realizamos estudo citogenético em treze casos. Interessante notar que Chaufaille et al (2001)19 selecionaram 13 pacientes
com LPA no período de 1996 a 1999 e 42 pacientes
quando esse período se estende de 1997 a 2003.” (p.97)

“Em nossa amostra, a análise cromossômica
foi possível em 37 casos, dos quais 23 (62%) apresentaram
a t(15;17). Quando incluímos a análise
por FISH dos dez casos que não apresentaram
metáfases, a freqüência do rearranjo PML/RARé
de 72.3% (34 dos 47 casos).” (p.98)

“De fato, em três casos de
nossa amostra, a t(15;17) só foi observada durante
a revisão das fotos ou imagens digitalizadas. Por
outro lado, as células que entram em divisão durante
a cultura podem não ser derivadas dos
promielócitos anormais, não contendo, portanto, a
alteração cromossômica.” (p.98)

“A análise citogenética clássica ou molecular realizada
em 13 pacientes durante o acompanhamento terapêutico permitiu
a detecção de recaída em sistema nervoso central (SNC)
em um paciente. Neste caso, a análise por FISH em amostra
de líquido cefalorraquidiano mostrou sinais compatíveis com
a fusão em mais de 90% das células, enquanto a análise por
PCR em amostra de sangue periférico revelou-se normal. Vinte
e nove dias após este último exame, o teste de FISH em
amostra de medula óssea mostrou sinais compatíveis com a
fusão PML/RARem 15% das células, confirmando uma recaída
sistêmica.” (p.100)

“Foi concluído que, quando aplicada a técnica de
FISH nos casos que não apresentaram metáfases adequadas,
esta freqüência aumenta para 72,3%. A presença de alterações
cromossômicas adicionais ou complexas foi observada
em 15,8% dos casos. Interessante notar que, em nossa
amostra, em 10% dos casos encaminhados com suspeita de
LPA, a análise citogenética molecular afastou a presença do
rearranjo PML/RARa.” (p.100)

“E que o método de FISH tem se tornado rotina na prática
clínica para confirmar alterações cromossômicas específicas
e definir alterações mesmo quando a análise clássica não
apresenta resultados satisfatórios. A análise por FISH pode ser realizada em diferentes tecidos e, por ser um método quantitativo,permite inclusive a detecção da recaída da doença.”(p.100)