quarta-feira, 1 de junho de 2011

8º FICHAMENTO

Perfil das ações de Combate ao Câncer de Boca no Estado de Pernambuco/Brasil
Ferreira, J.H.de. F.; Melo, M.C.B.; Perfi l das ações de Combate ao Câncer de Boca no Estado de Pernambuco/Brasil; Odontol. Clín.-Cient., Recife,vol. 9; nº3; pag. 219-222, jul./set., 2010


“Verificou-se que, nos últimos 30 (trinta) anos, a incidência
do câncer de boca no Brasil tem aumentado. Muitos desses
casos são diagnosticados numa fase muito tardia, levando o paciente a morte ou a cirurgias complicadíssimas e mutilações,que provocam deformidade, impedindo o paciente de levar uma vida normal.” (p.219)

“Nota-se que a interrupção dos agentes agressores como
forma de motivação do paciente, abandonando, assim, o uso
do tabagismo, etilismo, contribuirá para remover as condições
agressoras da mucosa bucal, possibilitando a prevenção e cura
da doença.” (p.220)

 “(...) foi realizado estudo descritivo de
corte transversal. Os dados foram coletados por meio de busca
ativa, no período de maio a agosto de 2007, nas Secretarias e
Coordenações de Saúde do Estado e municípios pernambucanos
bem como nas Universidades publicas e privadas do
Estado(...)” (p.220)


“Foi identificado que, a despeito da não realização de programas de prevenção de câncer bucal,pela Secretaria de Saúde do Estado e do Município do Recife,as Universidades estão extrapolando seus muros e, por meio de Atividades de Extensão, estão desenvolvendo ações para
prevenção e diagnostico precoces do câncer de boca no Estado.” (p.221)


“Na Universidade Estadual, existe um PROGRAMA DE
COMBATE AO CANCER DE BOCA, que visa ao incremento de
ações para prevenção e diagnostico diferencial e precoce do
câncer bucal, buscando reduzir os índices de mortalidade causada
por essa neoplasia, utilizando-se de ações educativas,
divulgação do auto exame bem como promovendo o diagnostico
precoce, instituindo, assim, a “SEMANA DO COMBATE AO
CANCER BUCAL”. (p.221)


“Na Faculdade do interior, também existe um programa/
projeto chamado de “ASA BRANCA”, realizado por intermédio
dos alunos da graduação e de outros profissionais, por meio
da busca ativa de lesões malignas e cancerizáveis, com atendimento
a população do município nos arredores da cidade de
Caruaru, estendendo-se, a partir de 2005, para outros municípios
do agreste, sertão, zona da mata e litoral sul, mediante o
diagnóstico e tratamento de lesões cancerizáveis, como meta
principal.”  (p.221)


“Foram analisando os projetos, podemos relatar como fato positivo
do projeto da Universidade Estadual, o qual deve ser
abraçado não só pelos outros dois programas mas também
por outros que devam surgir, a participação efetiva das classes
medica, odontológica como também dos fonoaudiólogos, psicólogos,
enfermeiros, fisioterapeutas, os quais, juntos, buscam
a ampliação do programa de combate ao câncer bucal desde
ações de prevenção ate o diagnóstico precoce e o tratamento.” (p.222)


“E importante assinalar as limitações do estudo que, apenas,
teve como foco despertar questionamentos e reflexões
sobre as ações em saúde bucal no estado de Pernambuco e
para a necessidade da realização de uma nova investigação
sobre o tema a fim de acompanhar o desenvolvimento e o surgimento
de novos espaços de atenção e atuações nessa área.” (p.222)


“Conclui-se que são importantes e devem ser intensificadas as campanhas para orientação e prevenção do câncer bucal para toda a população, realizadas no Estado de Pernambuco,por meio das entidades aqui relatadas. Tem-se consciência de ser necessária a responsabilização dos poderes públicos,com relação a atuação social, econômica, educativa e política,tendo em vista ser a saúde dos cidadãos um dever e obrigação do estado e direito das pessoas.” (p.222)


7º FICHAMENTO

Restrição ao uso de tabaco e a prevenção do câncer bucal
Freitas, A.R. ;  Mapengo, M.A.A. ; Moura, P.G.de ; Silva, R.P.R.da ; Sales-Peres, S.H.C. ; Bastos, J.R.M.  Restrição ao uso de tabaco e a prevenção do câncer bucal; Arq. Ciênc. Saúde ano. 2010 jan-mar; nº17 vol.1 pag.54-7
“As causas de câncer são variadas, podendo ser externas ou internas ao organismo, estando ambas inter-relacionadas. As causas externas relacionam-se ao meio ambiente e aos hábitos ou costumes próprios de um ambiente social e cultural. As causas internas são, na maioria das vezes, geneticamente prédeterminadas, estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas.” (p.54)
“O objetivo deste estudo foi relacionar a adoção de medidas restritivas ao uso do tabaco e suas implicações na prevenção ao câncer bucal, por meio de revisão crítica.” (p.55)
“Segundo estudo conduzido pelo Instituto Nacional do Câncer5 (INCA – Brasil, 2007), as estimativas para o ano de 2008, válidas também para 2009, apontam que ocorreriam 466.730 casos novos de câncer. Dentre os quais aproximadamente 14.160 novos casos de câncer bucal. O gênero masculino destaca-se com alta incidência em relação ao feminino, 10.380 e 3.780 respectivamente.” (p.55)
“O tabagismo é considerado pela OMS7 como a principal causa de morte evitável em todo o mundo. Estima-se que um terço da população mundial adulta, isto é, 1,2 bilhões de pessoas (entre as quais 200 milhões de mulheres), sejam fumantes. Pesquisas comprovam que aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da população feminina no mundo fumam.” (p.55)
“Previne-se a realização de ações de conscientização da população quanto aos malefícios advindos com o uso de tabaco e seus derivados também foi assegurada na forma da lei16,17,18. Estímulos a hábitos e práticas de vida saudáveis como alimentação equilibrada, abolição de uso de tabaco e álcool, práticas de higiene oral e visitas regulares ao cirurgião dentista contribuem para a prevenção e diagnóstico precoce do câncer bucal.” (p.56)
“Com isso diante do exposto evidencia-se a necessidade de desenvolvimento de ações abrangentes para o controle do câncer, nos diferentes níveis de atuação e a adoção de medidas mais amplas de restrição ao uso de tabaco pelos diversos setores da sociedade.” (p.57)

6º FICHAMENTO

Leucemia promielocítica aguda: caracterização de alterações cromossômicas por citogenética tradicional e molecular (FISH)

Sagrillo, M.R. ; Cardoso, S.H. ; Silva, L.R.J. ; Graça, C.H.N. ; Ferreira, E. ; Hamerschlak, N.; Guerra, J.C.C. ; Bacal, N.S. ; Andrade, J.A.D. ; Borovik, C.L. ; Leucemia promielocítica aguda: caracterização de alterações cromossômicas por citogenética tradicional e molecular (FISH) ; Rev. bras. hematol. hemoter.     Ano 2005; nº27; vol. 2; pag.94-101.


“Estudos de marcadores de superfície mostram que as
células da LPA têm um padrão distinto quando comparado
a outras LMAs. Ocorre alta expressão de antígenos mielomonocíticos(CD13, CD15 e CD33) e ausência de expressão
de antígenos monocíticos (CD14, incluindo My4, Leu M3 e
Mo2) e HLA-DR.” (p.94)

“Na maioria dos casos, os pacientes apresentam sintomas
relacionados à anemia, trombocitopenia, organomegalia
e distúrbios da coagulação.8 A primeira manifestação clínica
em LPA é a leucopenia e na variante da LPA é a leucocitose.9
Outras características menos freqüentes são observadas em
15% a 20% dos pacientes e infiltração no sistema nervoso
central e na pele são achados raros.” (p.95)

“Utilizando a técnica de FISH pode ser aplicada para determinar
a origem clonal das leucemias, monitoramento da eficácia da
terapia no tratamento, detectar a presença de doença residual
mínima seguindo a terapia, identificar recaída da doença,
detectar anomalias cromossômicas numéricas, bem como
amplificação e deleção de genes.” (p.95)

“Para obtenção de cromossomos metafásicos em amostra
de medula óssea, utilizaram-se os procedimentos técnicos
tradicionais. Resumidamente, as amostras foram semeadas
em meio de cultura (RPMI 1640-Gibco/ MEM alfa-Gibco/ Soro
Fetal Bovino-Gibco), incubadas por 24 a 48 horas a 37ºC e
submetidas a tratamento com colchicina, hipotônica e fixação.
Em seguida o material foi pingado sobre lâminas.” (p.95)

“De acordo com os resultados obtidos através da
hibridização das sondas gênicas em amostra de indivíduos
normais (controle negativo), foram considerados como positivos,
isto é, com a t(15;17), os casos que apresentaram mais
de 10% dos núcleos ou metáfases com um sinal verde, um
sinal vermelho e um sinal verde/vermelho coincidentes.” (p.96)

“Resultou também que a análisepor FISH foi possível nas dez amostras que não apresentaram células em metáfase e em nove foram observados sinais compatíveis com a fusão PML/RAR. Em quatro casos comcariótipo normal, a análise por FISH confirmou a ausência dorearranjo citogenético e, em dois casos com anomalias confirmadas.” (p.96)

“Em nosso meio, a análise citogenética em pacientes
com suspeita de leucemias com o objetivo
clínico-terapêutico vem evoluindo exponencialmente
no decorrer da última década. De fato, enquanto
seis casos com suspeita de LPA foram encaminhados
no intervalo de dois anos e meio (1993 a 1996), durante o ano de 2002 realizamos estudo citogenético em treze casos. Interessante notar que Chaufaille et al (2001)19 selecionaram 13 pacientes
com LPA no período de 1996 a 1999 e 42 pacientes
quando esse período se estende de 1997 a 2003.” (p.97)

“Em nossa amostra, a análise cromossômica
foi possível em 37 casos, dos quais 23 (62%) apresentaram
a t(15;17). Quando incluímos a análise
por FISH dos dez casos que não apresentaram
metáfases, a freqüência do rearranjo PML/RARé
de 72.3% (34 dos 47 casos).” (p.98)

“De fato, em três casos de
nossa amostra, a t(15;17) só foi observada durante
a revisão das fotos ou imagens digitalizadas. Por
outro lado, as células que entram em divisão durante
a cultura podem não ser derivadas dos
promielócitos anormais, não contendo, portanto, a
alteração cromossômica.” (p.98)

“A análise citogenética clássica ou molecular realizada
em 13 pacientes durante o acompanhamento terapêutico permitiu
a detecção de recaída em sistema nervoso central (SNC)
em um paciente. Neste caso, a análise por FISH em amostra
de líquido cefalorraquidiano mostrou sinais compatíveis com
a fusão em mais de 90% das células, enquanto a análise por
PCR em amostra de sangue periférico revelou-se normal. Vinte
e nove dias após este último exame, o teste de FISH em
amostra de medula óssea mostrou sinais compatíveis com a
fusão PML/RARem 15% das células, confirmando uma recaída
sistêmica.” (p.100)

“Foi concluído que, quando aplicada a técnica de
FISH nos casos que não apresentaram metáfases adequadas,
esta freqüência aumenta para 72,3%. A presença de alterações
cromossômicas adicionais ou complexas foi observada
em 15,8% dos casos. Interessante notar que, em nossa
amostra, em 10% dos casos encaminhados com suspeita de
LPA, a análise citogenética molecular afastou a presença do
rearranjo PML/RARa.” (p.100)

“E que o método de FISH tem se tornado rotina na prática
clínica para confirmar alterações cromossômicas específicas
e definir alterações mesmo quando a análise clássica não
apresenta resultados satisfatórios. A análise por FISH pode ser realizada em diferentes tecidos e, por ser um método quantitativo,permite inclusive a detecção da recaída da doença.”(p.100)