sexta-feira, 1 de julho de 2011

Bruxismo diurno atinge uma em cada cinco pessoas!

"O bruxismo, hábito de apertar e ranger os dentes é comum em cerca de 15% das pessoas. Esses pacientes podem sofrer fortes dores de cabeça, desgaste dos dentes e distúrbios da articulação mandibular. As causas deste problema podem ser a tensão emocional e o fechamento inadequado da boca."


Dores de cabeça, estalos na articulação localizada entre a mandíbula e o crânio, cansaço dos músculos do rosto, tensões musculares na face, pescoço e ombros, prejuízos aos ouvidos como o zumbido, desgaste excessivo e fratura dos dentes são apenas alguns dos sintomas do bruxismo.

— O bruxismo pode ser definido como uma atividade involuntária da musculatura responsável pela mastigação que causa sérios danos a saúde — explica Gerson Köhler, especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial.

O especialista esclarece que existem dois tipos de bruxismo — o que ocorre somente durante a noite, denominado bruxismo do sono — e o que acontece durante o dia — chamado de bruxismo da vigília.

— O paciente pode sofrer tanto com o bruxismo do sono quanto com o bruxismo de vigília. Dados divulgados em pesquisa recente indicam que o bruxismo diurno pode afetar uma em cada cinco pessoas, ou seja, 20% da população em geral têm bruxismo quando estão acordados — ressalta.

O estudo foi produzido por pesquisadores da Universidade de Montreal, no Canadá, em conjunto com o Centro de Estudo do Sono do Hospital Sacré-Coeur, também de Montreal, e com a Faculdade de Odontologia da Universidade de Toronto.

— É um texto considerado clássico e bem atualizado que traz informações importantes acerca do bruxismo. O objetivo é discutir a relação entre os mecanismos da atividade rítmica da musculatura mastigatória e suas interações com a fisiologia do sono — aponta Köhler.

Foram analisados outros fatores, como os processos neuroquímicos associados à musculatura facial durante o sono e as inter-relações de fatores cognitivos comportamentais, como ansiedade e estresse, com o bruxismo do sono.

— O bruxismo do sono tem sua frequência reduzida conforme a idade. Dos que sofrem com o problema 14% são crianças, 8% são adultos e 3% são pessoas com idade superior a 60 anos. O excesso de força da musculatura mastigatória é verificado no início do sono, com a ocorrência de cinco a seis episódios por hora de sono. Esta movimentação é detectada por exames que inclui a polissonografia — acrescenta o especialista.

Durante o sono é normal ocorrer atividades da musculatura mastigatória, sendo que 60% das pessoas têm movimentos de uma a duas vezes por hora de sono. Já quem sofre com o bruxismo do sono possui três vezes mais movimentação e com intensidade mais forte.

— Os apertamentos e rangidos incomodam tanto os portadores, que sofrem com as consequências, quanto quem dorme ao lado, pois a força é tão intensa que é possível ouvir a movimentação. Esta é uma alteração complexa e muito destrutiva para as articulações que compõe a mandíbula e os dentes — observa.

As causas do bruxismo não são completamente conhecidas e o que já se sabe é que o problema está relacionado ao mau alinhamento dos dentes, perdas dentárias e principalmente disfunção e sobrecarga dos músculos envolvidos na mastigação.

— O tratamento depende das causas e do período em que o bruxismo ocorre — se durante o dia ou à noite. Uso de placas interoclusais, tratamentos odontológicos, ortodônticos e exercícios físicos são alguns dos tratamentos indicados para os portadores que devem procurar um especialista para avaliar o caso — recomenda. 

Rindo à toa!

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Invisalign System
É o mais discreto aparelho ortodôntico. O dentista encaminha o prontuário do paciente e o molde da boca para a empresa Align Technology, nos Estados Unidos. Lá, as informações são lidas por um computador com tecnologia 3D, capaz de prever como os dentes vão se movimentar a cada duas semanas. O paciente, então, recebe em casa uma caixa com várias moldeiras de acrílico, cujo uso é definido pelo programa. "Só são indicadas para corrigir pequenas falhas", diz o dentista Fábio Bibancos, de São Paulo. O tratamento leva até dois anos e custa cerca de 4 mil dólares.

Mini aparelho auto ligado
Ele apresenta os mesmos braquetes do aparelho convencional. "A diferença é que as peças são menores e dispõem de travas - elas dispensam os elásticos que seguram o arco, o fio metálico que passa pelos braquetes, permitindo a movimentação dentária", explica Fábio Bibancos. Outra vantagem da técnica é que o intervalo entre as consultas pulou de 30 para 60 dias, já que não há mais elásticos para apertar. Em média, o tratamento dura de seis meses a um ano e o custo do aparelho varia de 2 mil a 3 mil reais.

Fragmentos de porcelana
O tratamento é artesanal: consiste em colar pequenos pedaços de porcelana para aumentar o tamanho, modificar o formato ou reduzir o vão entre os dentes. Segundo o dentista Marcelo Kyrillos, do Ateliê Oral, em São Paulo, também é uma boa opção para corrigir o desgaste excessivo dos caninos. "A vantagem dos fragmentos em relação às facetas de porcelana é que eles esculpem' o sorriso sem ter que desgastar o dente natural com a broca. Por outro lado, as facetas permitem correções maiores, como esconder dentes quebrados, com muitas obturações ou escuros, que não clareiam com os métodos convencionais", diz o especialista. A correção de um dente com fragmentos custa, em média, 3 mil reais.