terça-feira, 31 de maio de 2011

5º FICHAMENTO

Uso de serviços odontológicos por pacientes com síndrome de Down

Oliveira, A.C.; Czeresnia, D. ; Paiva, S.M. ;  Campos, M.R. ; Ferreira, E.F. ; Uso de serviços odontológicos por pacientes com síndrome de Down; Rev. Saúde Pública;ano2008 ;vol42  nº4 pag. 693-9


“A síndrome de Down ou Trissomia do 21 representa
a anomalia cromossômica mais comum da espécie
humana. Nos últimos anos houve um grande progresso
no tratamento físico e mental de crianças com essa
síndrome, resultando em um signifi cativo aumento na
sobrevida e maior integração à sociedade” (p.694)

“Foi realizado um estudo transversal com amostra de
conveniência composta por crianças e adolescentes com
síndrome de Down na faixa etária entre 3 a 18 anos, e
suas mães.” (p.695)

“Assim foi realizado um exame sob luz artificial, com o auxílio de espelho clínico bucal e sonda periodontal IPC (Community Periodontal Index), preconizada pela Organização Mundial
de Saúde (OMS).13 Foram observadas: presença de
mal oclusão, de lesões de cárie dentária e a qualidade
da higiene bucal das crianças/adolescentes.”(p.695)

“Previamente ao estudo principal, foram realizados:
calibração intra-examinadora, teste/re-teste do questionário
e estudo piloto. A concordância diagnóstica
intra-examinadora foi avaliada como muito boa, uma vez
que os valores de kappa encontrados foram: maloclusão
(0,86), cárie (0,90) e IHOS (0,87). Na validação interna
do questionário, os resultados de concordância encontrados
para as variáveis analisadas evidenciaram valores de
kappa entre 0,74 e 1,00, considerados muito bons.” (p.695)

“Tiveram resultados que, das crianças estudadas, 79,5% tinham ido ao menos uma vez ao dentista (IC 90% [72,3-87,8]), 79% pertenciam à classificação econômica menos favorecida. A
idade média dos indivíduos com síndrome de Down era
de 8 anos (±4 anos), 54% era do sexo masculino e 46%
do sexo feminino. A idade média das mães era de 41
anos (±8 anos), 60 delas (54%) possuíam oito anos ou
mais de estudo. No exame clínico foram identificados
83 (74%) crianças ou adolescentes com mal oclusão
e 41(37%) com pelo menos um dente com lesão de
cárie dentária. A higiene bucal foi classificada como
suficiente em 97 casos (87%).” (p.696)

“Semelhantemente aos achados de outros estudos,3,10 o
presente estudo mostrou que a maior parte das crianças
e adolescentes já tinha sido submetida a alguma
avaliação odontológica em determinado momento de
suas vidas.” (p.696)

“A análise bivariada identifi cou que as variáveis “idade”,
“hábito de bruxismo”, “história prévia de cirurgia”,
“orientação profi ssional para que a mãe levasse o fi lho
com síndrome de Down ao dentista” e “presença de
lesão de cárie dentária” foram associadas estatisticamente
ao fato da criança ou adolescente já ter sido
submetido a alguma consulta odontológica.” (p.697)

“Com isso a prática da integralidade não se traduz apenas ao
desenvolvimento de protocolos ou rotinas capazes de
identificar e oferecer ações preventivas não solicitadas
diretamente pelas pessoas que procuram pelos serviços
de saúde. O profissional voltado para o atendimento integral
precisa compreender o contexto de vida do indivíduo
que busca cuidado. A partir de seu conhecimento técnico,
esse profissional deve adotar um olhar que identifique as
necessidades preventivas e assistenciais do usuário no
contexto de cada consulta”. (p.698)

“Em conclusão, a atenção odontológica recebida pelas
crianças e adolescentes com síndrome de Down foi influenciada, além da idade, pela postura dos profissionais que as assistem, mostrando a importância desses cuidadores atuarem com uma prática de atendimento integral.” (p.699)

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